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Mais de 90% da população mundial é infectada em algum momento da vida pelo vírus Epstein-Barr, frequentemente chamado de EBV. A infecção ocorre geralmente na infância, sem apresentar sintomas ou sem se distinguir de outras doenças sem maior gravidade. Em jovens e adultos pode causar a mononucleose que em geral irá apresentar um quadro de melhora após algumas semanas.
O EBV se espalha mais comumente através de fluidos corporais, especialmente saliva. No entanto, também é transmitido através do sangue e contato sexual.
Assim como outros vírus da família do herpes, uma vez que ocorre o contato com EBV ele pode permanecer em um estado latente (inativo) ou se reativar, sendo transmitido para outras pessoas e/ou também induzir à formação de tumores.
Apesar de não representar riscos para indivíduos imunocompetentes, em indivíduos imunocomprometidos está associado com doenças linfoproliferativas, como o linfoma de Burkitt, carcinoma nasofaríngeo e linfoma Hodgkin e não-Hodgkin. O EBV é uma das infecções virais mais comuns relacionadas a transplantes, correspondendo a cerca de 3 a 5 % dos transplantados de rim e fígado.
Ao mesmo tempo que os medicamentos contra rejeição evitam que o sistema imunológico ataque o novo órgão, deixam o corpo mais suscetível a patógenos oportunistas. Dessa forma, a infecção ou reativação pelo vírus EBV é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doença linfoproliferativa pós-transplante (DLPT), fato que se deve à imunossupressão. Dependendo da idade do receptor e do tipo de transplante a prevalência da DLPT pode variar de 0.5% a 22%, em transplantados renais a prevalência chega a atingir 37%.
A gravidade da doença está relacionada ao grau de imunossupressão e o seu efeito na resposta imunológica do paciente. Muitas evidencias apontam que o aumento da carga viral do EBV representa um maior risco de DLPT. Assim, a principal medida terapêutica está em diminuir ou mesmo retirar a imunossupressão, tornando a detecção precoce do EBV extremamente importante para um diagnóstico preciso.
A medição quantitativa do DNA do EBV é essencial para diferenciar os portadores saudáveis, com baixos níveis de carga viral, dos portadores com elevada taxa de replicação viral. Sua detecção precoce é crucial para um tratamento eficaz e alteração da terapia com a droga imunossupressora, proporcionando a regressão da doença proliferativa.
Portanto, o monitoramento da carga viral pode servir de marcador para o acompanhamento de pacientes transplantados, além de auxiliar a definição prognóstica em tais casos.
A PCR em tempo real é o método mais sensível e específico no diagnóstico e monitoramento do EBV. A linha XGEN possui o KIT MASTER EBV com registro na ANVISA (N°80502070016) que realiza a detecção quantitativa do DNA do vírus, identificando a infecção ativa antes mesmo do início de manifestações clínicas, permitindo iniciar o tratamento específico precocemente.
A técnica PCR (Polymerase Chain Reaction – Reação em cadeia da Polimerase) consiste basicamente na amplificação “in vitro” usada para aumentar o número de cópias de uma região de DNA, a fim de produzir ácido nucleico suficiente para uma análise adequada. Os resultados são rápidos e de alta sensibilidade.
A PCR em Tempo Real (qPCR) é uma variação da técnica de PCR, a qual permite que a amplificação e detecção ocorram simultaneamente. O resultado é visualizado em Tempo Real durante a amplificação da sequência de interesse, com capacidade ainda de gerar resultados quantitativos com maior precisão.
Vantagens do diagnóstico molecular para EBV: