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O desenvolvimento de um ensaio confiável e efetivo é crucial para que se possa melhor compreender a epidemiologia da COVID-19.
Entender a natureza da resposta do anticorpo a esta infecção é a chave para avaliar a resposta imune humoral e a eficácia da resposta vacinal desenvolvida a curto, médio e longo prazo.
A organização genômica do SARS-CoV-2 codifica 4 grupos de proteínas estruturais: spike, envelope, membrana e nucleocapsídeo. A maioria dos testes comerciais disponíveis têm como alvo a spike ou o nucleocapsídeo e o seu desempenho varia de acordo com a plataforma utilizada (ensaio imunoenzimático, quimioluminescência, métodos imunocromatográficos). A ocorrência de resultados falso negativos pode ocorrer pela não detecção de anticorpos contra as outras proteínas-alvo, enquanto as reações falso positivas ocorrem devido à presença de anticorpos contra outros coronavírus que causam os resfriados comuns, já circulantes em todo o mundo, inclusive no Brasil.
O Teste LABScreen™ COVID Plus foi desenvolvido em parceria com 4 importantes universidades: Stanford University, Emory University, University of Cincinnati e University Health Network. O desenvolvimento foi baseado na plataforma Luminex, um método de citometria modificado que é extremamente confiável e 50 vezes mais sensível que um ensaio ELISA. O sistema Luminex é considerado como padrão ouro na detecção de anticorpos anti-HLA na área de transplantes e amplamente utilizado no Brasil.
Esta experiência acumulada de mais de 25 anos permitiu que os pesquisadores envolvidos neste processo, juntamente com a One Lambda, desenvolvessem um produto com segurança e confiança.
O kit LABScreen COVID Plus apresenta 98,6% de especificidade e 100% de sensibilidade através de uma avaliação semiquantitativa.
Isso significa que é possível avaliar a presença de anticorpos após a infecção pelo coronavírus, identificar quais coronavírus o paciente já teve contato (SARS-CoV, SARS-CoV-2, MERS-CoV, NL63, 229E, HKU1 e OC43), além de identificar a classe de Imunoglobulina envolvida e até mesmo a força de ligação desse anticorpo. Com este ensaio multiplex é possível processar até 96 amostras simultaneamente em 2-3 horas.
O kit é capaz de detectar a presença de anticorpos contra os alvos: spike total, subunidades spike S1 e S2, RBD (Receptor-Binding Domain) e nucleocapsídeo, possibilitando identificar anticorpos responsivos ao vírus completo ou proteínas superficiais. Desta forma, temos a abordagem completa para caracterização do perfil de anticorpos do paciente e a resposta imune à COVID-19. Podemos distinguir tanto a imunidade quanto a durabilidade da resposta vacinal (determinar taxas de eficácia).
Devido às particularidades imunológicas que ainda estão sendo estudadas a respeito do SARS-CoV-2, a resposta vacinal ainda é uma incógnita. Não se sabe ao certo se haverá a produção de anticorpos neutralizantes e nem por quanto tempo permanecerão circulantes. Estudos futuros poderão correlacionar os gráficos obtidos (Índice Médio de Fluorescência) nesse teste e títulos de soro neutralização.
O exemplo abaixo é de uma paciente que apresentou RT-qPCR positiva no dia 03/07/20. O resultado de RT-qPCR foi negativo no dia 15/07/20, e no dia 23/12/20 o soro coletado para a realização do Teste LABScreen COVID Plus. Foi observada ausência total de anticorpos anti-SARS-CoV-2, mas houve reações positivas para outros coronavírus.
Por se tratar de um novo vírus que apresenta alto potencial de mutação (cerca de 7 mutações já descritas), a eficácia das vacinas tende a ser diferente entre as populações. Sendo assim, é fundamental avaliar a resposta vacinal e seus aspectos, como: capacidade de respostas para diferentes proteínas virais, força de ligação dos anticorpos e o tempo que eles permanecerão circulantes. Levando em conta a escassez de vacinas disponíveis no mercado neste momento, outro ponto de avaliação importante seria a vacinação em indivíduos que já possuem anticorpos circulantes, em decorrência de exposição ao novo coronavírus.
Os resultados obtidos com o Kit LABScreen COVID Plus podem ser utilizados como ferramentas de orientação diagnóstica e vacinal para SARS-CoV-2, permitindo desenhar protocolos considerando o perfil de cada paciente.
Para indivíduos que não respondem à imunização, por exemplo, seria possível avaliar o uso de vacinas com mecanismo imunizante diferente do anterior.
Em pacientes com histórico de infecção prévia, seria possível avaliar a susceptibilidade à reinfecção pelo fato de não apresentar anticorpos específicos.
Protocolos de estudo devem ser implementados para poder avaliar a eficácia pós vacinal em diferentes indivíduos. Esses estudos podem servir como ferramenta importante para entender melhor alguns pontos que ainda precisam ser esclarecidos a respeito da imunização contra o SARS-CoV-2, seja por meio de vacinação, seja por infecção: