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Os tumores de bexiga são duas a três vezes mais comuns nos homens do que em mulheres e duas vezes mais frequentes nos brancos do que em negros. O pico de incidência do câncer de bexiga ocorre entre os 60 e 70 anos de idade: cerca de 90% dos pacientes recebem o diagnóstico depois dos 55 anos. O Instituto Nacional de Câncer estima quase dez mil novos casos da doença em 2018. Como todo caso de câncer, a detecção precoce da doença aumenta as chances de um tratamento bem-sucedido.
No mês de julho o laço é rosa, verde e roxo. E o alerta é para o câncer de bexiga.
A bexiga é um órgão oco e flexível, de paredes musculares, localizado na pelve. A sua principal função é armazenar e expelir a urina do corpo. A parede da bexiga é formada por várias camadas revestida internamente por uma mucosa, o urotélio. Logo abaixo tem uma fina camada de tecido conjuntivo chamada lâmina própria. E por último, a camada de tecido muscular, denominada muscular própria. A compreensão destas camadas é muito importante para o entendimento do câncer de bexiga.
Infelizmente as causas ainda não são claras para os médicos. A doença tem sido associada ao tabagismo, a infecções parasitárias, radiação, exposição a substâncias químicas e histórico familiar.
O câncer geralmente se instala sob a forma de um ou mais tumores pequenos e superficiais, confinados à mucosa de revestimento interno, o urotélio. Como em alguns tipos de câncer, o tumor inicial pode apresentar-se como carcinoma, lesão formada por células malignas, que ainda não invadiram as camadas mais profundas.
Sem tratamento, o carcinoma pode penetrar as camadas musculares mais profundas e evoluir para carcinomas invasivos. Nessa fase a doença é chamada de doença músculo invasiva. Com a progressão, o câncer chega à camada de gordura que reveste externamente a bexiga e atinge órgãos vizinhos: reto, próstata ou útero. Ao penetrar a camada muscular, que é rica em vasos linfáticos e sanguíneos, o câncer pode se disseminar pela circulação linfática para os linfonodos do abdômen e da pelve, e, através da circulação sanguínea, para órgãos distantes como fígado, pulmões e ossos.
Em aproximadamente 25% dos pacientes com diagnóstico de câncer de bexiga, em algum momento da vida surgirá um segundo tumor primário em outro local do sistema urinário. Pacientes com tumores de bexiga apresentam uma “fragilidade” na mucosa de todo o sistema urinário, ocasionando uma predisposição a formação de tumores malignos em outras áreas do sistema urinário.
Estádio | Descrição |
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Estádio I | Câncer que não invade a parede da bexiga ou que o faz superficialmente |
Estádio II | Câncer que invade a camada muscular da bexiga |
Estádio III | Câncer que invade. além da camada muscular da bexiga também a gordura ao redor ou outros órgãos vizinhos |
Estádio IV | Câncer que se espalhou para os linfonodos (IVA) ou órgãos, como pulmões, fígado e ossos (IVB) |
Fonte: https://www.vencerocancer.org.br/tipos-de-cancer/cancer-de-bexiga-tipos-de-cancer/diagnostico-2/
O principal sinal relacionado ao câncer da bexiga é a presença de sangue na urina. O sangue “vivo” na urina deve ser investigado mesmo que pare espontaneamente. No entanto, nem todo mundo que sangra na urina tem a doença. Mas é necessário descartar essa hipótese caso esse sinal ocorra. Outros sintomas podem ser: dor ou ardência ao urinar, incontinência urinária, dor nas costas, dor pélvica, fadiga, perda de peso.
O tratamento depende muito do estágio do câncer e se há metástase ou não. Quando a doença está apenas no órgão e não afeta o músculo da bexiga, o tratamento é feito com a “raspagem” da lesão. Quando a doença avança e chega no músculo da bexiga, faz-se uso da quimioterapia e a radioterapia. Outro tratamento muito utilizado até o estágio II do câncer de bexiga, é a imunoterapia. Neste tratamento, um medicamento faz com que o próprio sistema imunológico ataque e mate as células cancerosas. Nos estágios avançados e em casos muito especiais, a opção pode ser a remoção parcial da bexiga, cistectomia parcial. Ou a cistectomia radical, remoção total da bexiga com a reconstrução das vias urinárias.
É comprovado que o surgimento do câncer está diretamente relacionado com o estilo de vida. O tabagismo é o maior fator de risco evitável de adoecimento e morte no mundo, sendo responsável por cerca de 30% das mortes por câncer. É fundamental cuidar da saúde antes que as doenças apareçam. Pequenas mudanças fazem a diferença. Alimentar-se melhor, levar uma vida menos sedentária, diminuir o consumo de álcool, parar de fumar e não se estressar com pequenas coisas. Se preocupe com sua saúde.
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