Fechar
A encefalite é um processo inflamatório que acomete o parênquima cerebral e pode ser causada por diversos vírus, bactérias e protozoários. Mais de 100 tipos de vírus são causadores da encefalite viral, e tanto a presença direta do patógeno quanto a reação à sua presença em outra parte do corpo podem levar à inflamação do cérebro.
Uma vez no sistema nervoso central, estes patógenos podem ser responsáveis também por outras doenças neurológicas como meningite, radiculite e mielite, mas as encefalites virais constituem formas mais graves e com altas taxas de mortalidade.
Por isso é tão importante um diagnóstico rápido e preciso, principalmente diferenciando os agentes causadores. Só assim é possível ministrar o tratamento adequado evitando, muitas vezes, sequelas graves.
A importância de reconhecer rapidamente uma encefalite aguda viral é que há vários agentes causadores. De acordo com dados epidemiológicos, os mais frequentes são vírus Herpes, Zoster vírus, citomegalovírus, vírus Epstain-Barr e enterovírus.
O vírus Herpes simplex é o principal agente causador de encefalite. Aproximadamente 95% das incidências são causadas pelo tipo 1 (HSV1). Em neonatos e imunodeprimidos, a prevalência é pelo Tipo 2 (HSV2). A encefalite herpética possui um índice de mortalidade de aproximadamente 70%, podendo causar sequelas graves e incapacitantes em pacientes sobreviventes.
Os casos podem ocorrer em qualquer idade, porém afetam mais crianças (principalmente até os 12 meses), idosos e pessoas com o sistema imunológico comprometido, sendo que os riscos dependem do tipo de vírus adquirido.
A encefalite pode causar uma morte rápida se não for diagnosticada e tratada precocemente. Sobreviventes de encefalite comumente sofrem consequências neurológicas, que podem ser de longo prazo ou até mesmo permanentes.
A localização e gravidade da infecção determinam o padrão de lesão cerebral e os seus efeitos, que incluem:
O diagnóstico assertivo é fator fundamental para um tratamento adequado dos casos de encefalite.
Os diferentes tipos de encefalite podem produzir sintomas semelhantes. Os médicos não conseguem se basear somente em características clínicas para diferenciar o agente causador da inflamação cerebral.
Assim, a confirmação de um quadro de encefalite depende de uma avaliação clínica associada a diversos exames complementares. A conduta do médico dependerá do agente envolvido, por isso a importância da diferenciação do patógeno.
Os ensaios por Biologia Molecular permitem que os principais agentes causadores sejam identificados por testes de alta especificidade e sensibilidade. Os resultados ficam prontos muito mais rápido do que exames realizados por métodos tradicionais, diminuindo o tempo e custo de internação, priorizando também o bem estar do paciente.
A técnica PCR (Polymerase Chain Reaction – Reação em cadeia da Polimerase) consiste basicamente na amplificação “in vitro” usada para aumentar o número de cópias de uma região do genoma, a fim de produzir DNA ou RNA suficiente para análise adequada. A PCR em Tempo Real é uma variação na técnica da PCR, a qual permite que a amplificação e detecção ocorram simultaneamente e o resultado é visualizado em Tempo Real, gerando resultados sensíveis e com precisão.
*Kit XGEN MULTI NEURO9: diagnóstico de encefalites – registro ANVISA 80502070036