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Como os sorotipos de enterovírus produzem sintomas diferentes, alguns são mais severos do que outros, passando desde infecção assintomática até doença grave e fatal. A maior parte dos infectados não apresenta sintomas ou tem sintomas leves, geralmente relacionadas ao trato respiratório, gastrointestinal e erupções cutâneas. No entanto, algumas infecções podem afetar o sistema nervoso central, músculo esquelético, intestino e células do sistema imune resultando em doenças fatais como meningite asséptica, paralisia, edema pulmonar e encefalomielite.
Esses vírus são muito contagiosos, estão presentes nas secreções respiratórias e fezes, assim como no sangue e LCR (Líquido Cefalorraquidiano) dos pacientes. A infecção geralmente é transmitida por contato direto com secreções respiratórias ou fezes, mas pode ser transmitida por contato indireto através da água ou alimentos contaminados. Quando é transmitida da mãe para o bebê pode causar infecção neonatal disseminada grave, incluindo hepatite ou necrose hepática, meningoencefalite ou miocardite.
A caracterização dos enterovírus é essencial para distinguir os sorotipos do vírus e também eliminar a incerteza da infecção por outros agentes. Essa diferenciação é extremamente relevante também nos casos de meningite, uma vez que os sintomas da meningite viral e da bacteriana são parecidos. Isso pode proporcionar a administração terapêutica adequada, reduzindo o uso desnecessário do tratamento com antibióticos.
Diante desse cenário, o diagnóstico rápido e sensível de infecções por enterovírus usando a biologia molecular afetam positivamente o tratamento do paciente e tem o potencial de reduzir o impacto dessas infecções no setor da saúde.